quarta-feira, 26 de abril de 2017

Texto completo:Medo de Dentista? Quem? Eu?

Sou uma pessoa razoavelmente inteligente, socialmente capaz, enfim, sou normal, se é que me entende. O meu problema maior sempre foi dentistas. Não que tivesse medo, de jeito nenhum! Eu tinha pavor! Horror! Algumas vezes até conseguia, depois de sessões de análise, chegar até o consultório., determinada e suando como uma chaleira. E saia correndo, antes que meu coração estourasse no peito. Corria, literalmente, até me sentir segura há um quarteirão do consultório. 

Outras vezes consegui me sentar na cadeira, tensa como um bambu ao sol. A mão empunhando aquele espelhinho tinha para mim o mesmo efeito de uma foice pronta para me degolar. Já pulei de muitas cadeiras de dentistas com os olhos arregalados, me desculpando esfarrapadamente,  saindo pela porta  e me sentindo a maior das idiotas.  Até que um dia... Até que um dia, o telefone toca, enquanto eu lia alguma coisa para esquecer  do medo de ficar banguela.
-Tê, querida, liga a televisão no canal 22. Um dentista diferente... acho  que é a sua salvação. – era um amigo. Dos poucos que conheciam a minha situação dentária. Liguei a televisão. Era uma entrevista com um cirurgião dentista.
Este dentista – peguei o final da entrevista – dizia, sorrindo, em resposta à pergunta da entrevistadora se  era possível alguém ser feliz numa cadeira odontológica. -Sim. É absolutamente possível. Anotei o nome e o telefone e na manhã seguinte, marquei a minha primeira consulta. Aquele meu amigo me acompanhou, certo de que teria que conter a minha ânsia de sair correndo. Antes de tudo não fiquei esperando aqueles terríveis minutos que antecedem  a consulta. Antes que me desse conta já estava diante do Dr. Ronaldo Magalhães de Souza Lima, não numa cadeira de dentista, mas em uma sala com confortáveis poltronas. A ameaçadora cadeira nem estava presente. Uma incrível empatia , uma conversa agradável, não só sobre a minha saúde bucal, mas sobre mim inteira. Falei dos meus medos, falei como nunca havia falado com meu analista e não me pergunte porque. Sei que saí dali, depois de uma hora, certa de que tinha encontrado a minha salvação. O ambiente da clínica, as meninas, a equipe, tudo me fazia sentir comodamente tranquila .

 A primeira vez que me sentei na cadeira de dentista, eu ainda tinha medo, mas não pavor. Não tomei anestesia de agulha e sim anestesia computadorizada, um eletrodo que colocado na face, impede o cérebro de reconhecer a dor. A atendente era gentil e carinhosa, Dr. Ronaldo me explicava com paciência todo procedimento, a cadeira tinha uma vibração agradável e relaxante. Perguntaram se eu queria ver um filme ou clip no telão. Eu disse que não. Ainda queria perceber todos os movimentos, todas as intensões dele e da equipe.  Aos pouco fui me soltando, as mãos desgarraram da cadeira e me senti segura e tranquila. Sentimento inusitado nesta situação, pelo menos para mim. 

Voltei nas próximas consultas, sozinha e risonha. Quase adormecia na cadeira. Magia? Milagre? Sugestão? Sei não e nem me interessa. Sei que Dr. Ronaldo consegue transmitir tanta segurança, sua equipe é tão gentil e amiga, que hoje, é com  muita alegria que entro na clínica. Somos amigos, sim, é este o sentimento que me inspira aquele pessoal. Profissionalismo, delicadeza, uma visão diferente da odontologia, sabedoria e ética não só me conquistaram definitivamente, como me fizeram acreditar que, sim: você pode ficar feliz numa cadeira de dentista. Maria Tereza B. Cançado DEPOIMENTO: EU SOU UMA EX-ODONTOFÓBICA 

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